Mergulhar no azul piscina/ Um mar de Pajuçara/ Deixar o sol bater no rosto/ Ai que gosto me dar/E as jangadas partindo pra o mar… Esta letra de Carlos Moura está presente na memória dos alagoanos, mas também é bem conhecida pelos turistas que visitam Maceió. Mas é nessa praia com seus vastos coqueirais e jangadas ao mar, que estão guardados o tesouro ecológico, as piscinas naturais da Pajuçara. E agora nas festas de momo é o melhor momento para navegar até as piscinas na cidade de Maceió por conta da maré baixa (0,1).
O ponto de partida é no mar de Pajuçara (Balança do Peixe), onde as jangadas ficam aguardando os visitantes para um passeio às piscinas naturais há 02 km da orla. Na maré baixa, várias piscinas são formadas pelos recifes de corais, de águas mornas, tranqüilas e incrivelmente cristalinas, onde se concentram várias espécies de peixes coloridos a circular livremente.
O passeio das piscinas naturais da Pajuçara existe a mais de 50 anos, a alagoana, Yêda Rocha, com 82anos (famosa pelo livro “Delicias da Culinária Alagoana”), lembra que na sua adolescência era uma tradição das famílias levar os visitantes até esse paraíso. Famosos também já conheceram as piscinas como as “chacretes” do saudoso programa Cassino do Chaquinha, a atriz Paloma Bernardi também fez o passeio de jangada, entre outros, além de inúmeras reportagens do Brasil e do mundo.
A tradição dos passeios às Piscinas Naturais da Pajuçara é feito através de rústicas jangadas sob o comando de jangadeiros, que utilizam da força e sabedoria para levar os turistas e alagoanos até o tesouro natural. São cerca dez minutos para atravessar os dois quilômetros entre a praia e os recifes. Formados apenas na maré baixa, os aquários naturais impressionam pelas águas claras repletas de peixes coloridos. As jangadas não têm motor e navegam ao sabor do vento e da força do jangadeiro.
Ecologia
Além da beleza das piscinas o navegante conta com o serviço das jangadas bar, que oferecem lagostas, camarões, peixes e caipirinhas de frutas típicas. Desde 2010 as jangadas-bar são ecologicamente corretas, nelas não se pode tratar peixes, camarões, ou qualquer outro alimento na piscina natural, devem manter a limpeza do local,realizar a coleta seletiva do lixo, não jogar óleo no mar e não usar o trabalho infantil, dentre outras normas estabelecidas pelo Conselho Gestor das Piscinas Naturais (formado pela Semptur, pela Secretaria Municipal de Proteção do Meio Ambiente (Sempma), pelas superintendências municipais de Controle do Convívio Urbano (SMCCU) e de Transporte e Trânsito (SMTT), Procuradoria Geral do Município, Capitania dos Portos, Instituto do Meio Ambiente (IMA), Colônia dos Pescadores Z-1 e Vigilância Sanitária).
O novo modelo da jangada-bar é dividido pelos setores de lixo, caixa, bar e cozinha. Cada setor tem uma cor. O vermelho é a cozinha, separada por compartimentos; amarelo, as bebidas; verde, o caixa; e laranja, o lixo. O cardápio é impermeável, com preços dos alimentos e bebidas.
Acessibilidade
Maceió também se destaca no quesito de acessibilidade. É a única capital brasileira que possui três jangadas acessíveis. O projeto da Jangada Acessível, desenvolvido pelo arquiteto Jorge Luiz, existe desde 2010, democratizou o acesso das pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida às piscinas naturais com conforto e segurança.
Terapia
As piscinas naturais da Pajuçara, o cartão-postal mais antigo de Maceió, também são um mar de oportunidades para o lazer, meio ambiente e bem-estar, a exemplo da Terapia Tridimensional, também batizada como terapia do mar, que com massagens e outras técnicas trabalha o corpo e a mente.
“As piscinas naturais da Pajuçara têm uma combinação muito especial de características para aprofundar os efeitos do trabalho promovido pela água salgada e o fato de estar afastado da cidade, em alto-mar, atua como energético e desintoxicante. O poder de limpeza energética com a maré baixa e tranquila produz um campo vibracional único”, diz a terapeuta Rosiane Venâncio, do Spa Tantien, no Radisson Maceió.
O passeio às piscinas naturais custa R$ 25,00, e quem embarca nesta viagem deve lembrar que o uso de colete é obrigatório. No mais contemple o paraíso natural, fotografe e ajude a preservar o meio ambiente.
Passeio
Estacionamento da balança de peixe da Pajuçara
Duração média: 2 horas
Tarifa: r$ 25,00 por pessoa / mínima: a combinar
Aluguel de máscara: r$ 10,00
Informações da jangada acessível: 82 9905-2515
Terapia do mar no Radisson Maceió: 3202-4900
Horário da maré do carnaval
Sábado (dia 9) as 8horas
Domingo (dia 10) as 08h53
Segunda- feira (dia 11) as 09h30
Terça-feira (dia 12) as 10h00
Quarta-feira de cinza (dia 13 )as 10:41
Fonte: Alagoas 24 Horas